quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Recursos audiovisuais na aprendizagem


RECURSOS AUDIOVISUAIS E APRENDIZAGEM
Por Lúcio Fonseca

Um professor pergunta: os recursos audiovisuais podem mesmo ajudar os alunos a aprender? As pesquisas sobre como as pessoas aprendem levaram a conclusão de que os aprendizes se dividem em três tipos básicos: os auditivos, os visuais e os cinestésicos ou cinestéticos.
Evidentemente, aqueles que são auditivos se beneficiam de atividades de ensino que usem a oralidade; portanto, a aulas expositivas são para eles um ótimo instrumento de aprendizagem. Estas são aquelas pessoas cujas mães orgulhosamente dizem: “meu filho é impressionante, ele não precisa estudar em casa, aprende tudo só prestando atenção à aula”.
Os do segundo tipo, os visuais, necessitam de outro tipo de estímulo: eles precisam ver; são aqueles para quem a grande verdade é: uma imagem vale mais que mil palavras. O conceito de imagem aqui pode ser ampliado: exemplos e metáforas ajudam a montar imagens mentais, também muito eficazes para a compreensão e retenção.
Finalmente, os cinestéticos. Estes necessitam interagir com o objeto de estudo, necessitam participar, necessitam se movimentar. Eu costumo dizer que alunos de 5ª série são cinestéticos por natureza, pois eles se mexem, se movimentam, querem participar de tudo, perguntam a todo momento, levantam o braço, enfim, precisam estar o tempo todo em movimento. Uma boa estratégia é usar esta característica para gerar aprendizagem: ao invés, por exemplo, de dar um exercício teórico sobre “perímetro”, funciona mais coloca-los para medir, em passos, o perímetro do pátio ou da sala.
Na verdade, todas as pessoas aprendem de todas essas formas, mas há uma predominância de uma delas sobre as outras. Se você utiliza recursos que privilegiem as várias formas, evidentemente a possibilidade de ocorrer a aprendizagem se torna muito maior, porque há uma pontencialização daquilo que poderia fazer apenas uma das formas.
A escola, como nós a conhecemos, sempre utilizou recursos audiovisuais. É bem verdade que, durante muitos séculos, esses recursos se resumiram a dois a palavra e o quadro negro ou, como diriam os menos puristas, o “cuspe e o giz”.
Aos poucos, a escola foi procurando incorporar outros recursos audiovisuais, compreendendo que eles poderiam ser úteis no sentido de enriquecer o ensino e, assim, gerar uma maior possibilidade de aprendizagem.
Incorporaram-se, então, ou pelo menos, alguns professores começaram a incorporar, elementos como o retroprojetor, o episcópio, o projetor de slides, o toca-fitas, depois a TV e o videocassete. Mais recentemente chegou a multimídia, através dos CD-ROMs e das aulas preparadas em Power Point ou em outros aplicativos de apresentação gráfica. É preciso não esquecer que muitos destes são apenas recursos áudio - visuais : apresentam ou combinam o som e a imagem. Com sua inserção no cotidiano da escola, passou-se a atender também o aluno que era aprendiz visual, pois até então, a escola sempre havia atendido ao aluno auditivo, pensando estar atendendo a todos, por acreditar que as pessoas aprendiam só ouvindo. Assim se explicam, em boa parte, os altos índices de reprovação com que a escola sempre conviveu e, ainda hoje, muitos professores desconhecem esta classificação dos aprendizes e dão suas aulas no velho estilo, ignorando inteiramente as diferenças individuais.
Embora já representando um avanço, pelo menos para aquelas escolas e aqueles professores que incorporaram estes elementos às suas atividades (infelizmente, não foram muitos), só os dois primeiros tipos de aprendizes foram beneficiados com este tipo de recurso: os auditivos e os visuais. Faltava incluir o atendimento aos cinestésicos. Isso vem acontecer com a entrada em cena de alternativas metodológicas como a Pedagogia de Projetos e, no nível dos recursos didáticos, da multimídia interativa e da internet.
Um lembrete importante: as pessoas lembram-se de cerca de 15% do que escutam, 25% do que vêem e 60% daquilo com que interagem.


6 comentários:

  1. O professor realmente deve variar as estrategias de ensino. O mundo vive em constante transformação e algumas escolas e inclusive alguns professores pararam no tempo. Ainda são do tempo em que avaliar e só medir e que não ocorre de outra forma que não seja a prova escrita. Muitos docentes reclamam do interesse dos alunos pelas suas aulas mas não fazem uma auto-avaliação sobre os motivos que levam a esse desinteresse. Será que o aluno não se pergunta o motivo de ficar prestando atenção numa aula de 50m sobre história antiga se ele pode encontrar o mesmo assunto em um video na internet de 5 minutos, as vezes até mais interessante? As tecnologias estão ai para serem exploradas ao máximo como forma de diversificar as formas de avaliar e de também de ensinar e acredito que este já é um caminho sem volta.

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  2. Não basta mais saber o assunto, o professor precisa surpreender, emocionar para que a aprendizagem seja significativa, as mudanças estão ai, é necessário estar disposto a estudá-las e nos apropriar.

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  3. faz-se necessário o professor usar os vários tipos de recursos audiovisuais, porque assim ele pode atingir de modo mais significativos os seus alunos.

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  4. Fazer uso das tecnologias é urgente e necessário no mundo contemporâneo. Infelizmente muitos professores ainda resistem ao processo revolucionário que as tecnologias nos proporcionam. Todas as linguagens podem fazer parte da vida da escola. De forma simples e criativa podemos afetar nossos alunos com o desejo da busca, do novo, considerando o que foi bom e o que não foi na história da humanidade. Assim como a vida, a tecnologia é movimento, é mover!

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  5. Nós professores também costumamos ser alunos em cursos que realizamos e sentimos claramente como é bom uma aula ilustrada com recursos diferenciados. O registro se torna mais concreto quando conseguimos vivenciar em grupo alguns aspectos do tema abordado.

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    1. Hoje vivemos num mundo cheio de tecnologia e a cada dia que passa se renovam. É necessário nos inteirarmos das tecnologias porque senão iremos nos sentir cada vez mais primatas...rsrs

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