terça-feira, 22 de abril de 2014

ProInfo 2014 - Aula de 22/04/2014


Por que precisamos usar a tecnologia na escola? As relações entre a escola, a tecnologia
e a sociedade.

Por
Edla Ramos

Se este texto estivesse sendo lido por você a vinte e tantos anos atrás, uma questão que provavelmente apareceria, seria se deveríamos ou não usar as novas (nem tanto mais) tecnologias na educação. No início da década de 80, havia o anseio de que essa tecnologia poderia produzir a massificação do ensino, descartando a necessidade do professor, ou que pudesse levar a aceleração perigosa de estágios de aprendizagem com consequências graves. Argumentava-se também sobre o disparate de usar microcomputadores em escolas que eram carentes de outros tantos recursos. Hoje
em dia, no entanto, já há bastante concordância sobre o fato de que as tecnologias de informação e comunicação devam ser incorporadas ao processo educacional. Permanecem, contudo, dúvidas sobre por que (ou sob qual perspectiva) e sobre como essa incorporação deve acontecer.
Se você também não se contenta com esse último argumento, está convidado para uma reflexão mais ampla acerca do tema! Neste texto, apresentamos diversos argumentos para demonstrar que o uso das tecnologias de informação e comunicação pelas escolas tem razões que vão além da importante questão da preparação para o trabalho, pois entendemos que a superação das exclusões não vai se dar pela via da empregabilidade apenas. A crise social que estamos vivendo vai muito além do desemprego, pois estar empregado é condição necessária, mas cada vez menos suficiente para a cidadania.
É preciso superar a lógica da empregabilidade, pois esta não dá conta da sutileza e da complexidade da relação entre escola, tecnologia e sociedade. Não contribui também para a construção de uma educação para a solidariedade, para a equidade, para o consumo ecologicamente sustentável. Está impregnada por um conceito de desenvolvimento predatório e dependente.
Em síntese, como diz Hugo Assmann (1998), não basta educar a massa trabalhadora para alimentar a máquina produtiva, é preciso educar para provocar indignação frente a aceitação conformista da relação tecnologia X exclusão. É preciso formar cidadãos aptos a construir uma sociedade solidária, principalmente quando se considera que uma sociedade sensivelmente solidária precisa ser permanentemente reconstruída. Cada geração precisa aprender a dar valor à solidariedade. Juan Carlos Tedesco (2012) compartilha o mesmo entendimento: “no novo capitalismo a possibilidade de viver juntos não constitui uma consequência natural da ordem social senão uma aspiração que deve ser socialmente construída.” (TEDESCO, 2012, p. 20). Então,“a educação para a solidariedade persistente se perspectiva como a mais avançada tarefa social emancipatória.” (ASSMANN, 1998, p. 21).
O professor Tedesco nos ajuda também a compreender de que tipo de solidariedade
esta época em que vivemos necessita. Ele esclarece que:
A solidariedade que exige este novo capitalismo não é a solidariedade orgânica própria da era industrial, senão uma solidariedade reflexiva, consciente, que deve ser assumida com
graus muito mais altos de voluntarismo do que no passado.” (TEDESCO, 2012, p. 20).
Ou seja, não se trata mais de cada um simplesmente fazer bem a sua função, sem precisar entender muito a respeito das funções dos outros. Agora trata-se de precisar refletir a respeito da complexidade da rede de relações que estabelecemos e das consequências das nossas ações sobre os outros, pensando e agindo coletivamente em busca do bem comum.
O uso ou a incorporação das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) nos processos educativos tem implicações que ultrapassam de longe os muros de uma sala de aula ou de uma escola. Afinal, essas tecnologias favoreceram grandes mudanças, neste período que está sendo chamado de revolucionário.
Analisando a história da nossa civilização, percebemos que em vários momentos ocorreram mudanças revolucionárias no modo como o homem vivia. Aprofundando a nossa análise dessas revoluções históricas percebemos que entre seus motivos estava sempre a invenção de alguma ferramenta que expandiu a nossa capacidade de ação sobre o mundo (ou sobre a nossa realidade), ou, que expandiu a nossa capacidade de comunicação e de expressão. Tomemos como exemplo a revolução industrial com seus inventos principais: a máquina a vapor e a criação da imprensa.
As TIC ampliam essas capacidades de modo extraordinário, e, por isso, a dimensão das mudanças que elas estão produzindo vem gerando profundas crises e desequilíbrios. O mercado
de trabalho (assista o vídeo “Aprender com o imponderável”: http://www.youtube.com/watch?v=Lbp0tqgQR-s) que afeta a vida de todos também vem se transformando continuamente: muitas profissões e postos de trabalho foram extintos; novos produtos são criados constantemente; há desemprego em muitos setores e falta de trabalhadores em outros.
A mutação das técnicas produtivas é acompanhada por novas formas de divisão do trabalho e, logo também, pelo surgimento de novas classes sociais, com o desaparecimento e a perda de poder das classes precedentes, por uma mudança da composição social e das próprias relações políticas.” (ROSSI apud MUSSIO, 1987, p.20).
Muitas incertezas afligem as pessoas nessa nossa época de uso intensivo de TIC. Dentre as questões em destaque estão:
  • Como garantir sociedades democráticas e participativas?
  • Como garantir o acesso à informação por todos e evitar o aumento das formas de controle e vigilância da informação?
  • Como conseguir eficiência econômica e evitar mais concentração de renda?
  • Como conseguir segurança pública e evitar a instalação do terror?
  • Face às diferenças que se acirram, como conseguir uma sociedade com respeito mútuo, com justiça distributiva e sem invasão da privacidade ou massificação?
Novamente voltando alguns anos atrás, havia grandes expectativas sobre os efeitos
da expansão do uso dessas tecnologias. Muitos estavam bastante otimistas, mas já havia quem alertasse que não deveríamos sê-lo, pois “nada está decidido a priori.”(LÉVY, 1993, p.9). Lévy nos lembrava já em 1993 que teríamos que inventar como gostaríamos que essa nova sociedade da informação fosse, do mesmo modo que inventamos a sua tecnologia. Ele ressaltava que havia um grande descompasso e distanciamento entre “a natureza dos problemas colocados à coletividade humana pela situação mundial da evolução técnica e o estado do debate coletivo sobre o assunto.” (LÉVY, 1993, p.7).
Hoje em dia a realidade já não nos permite mais ser otimistas. É um fato bastante triste que no mundo de hoje (veja o documentário de Silvio Tendler sobre Milton Santos: http://www.youtube.com/watch?v=--UUB5DW_mnM) – onde nunca tanta riqueza foi produzida – há tanto ou mais fome, doenças e injustiças se compararmos a tempos atrás. Logo, tanta tecnologia, por enquanto, não produziu os efeitos desejados. Está ficando bastante claro que a forma de uso que damos às TIC é determinante nas respostas dadas a todas as questões que apresentamos acima. De modo geral, pode-se dizer que as TIC abrem muitas possibilidades, mas a determinação do que - dentre o que é possível - vai se tornar realidade é do âmbito da política.
Então, se queremos uma tecnodemocracia vamos precisar formar os sujeitos para isso. Precisamos pensar em alfabetização tecnológica para todos, pois quem não compreende a tecnologia não vai poder opinar sobre o que fazer com ela. Mas a alfabetização tecnológica é apenas o segundo passo (o primeiro é o acesso). A inclusão digital pra valer significa mais do que simplesmente ter acesso e saber usar. Inclusão Digital! Este é um conceito importante e que merece mais discussão.
Felizmente, na perspectiva de acesso, o Brasil certamente avançou nos últimos anos. Segundo essas pesquisas, pode-se observar que a taxa brasileira média de acesso à Internet nos domicílios cresceu de 12,93%, em 2005, para 38% em 2011. Esses resultados são devidos a diversas políticas públicas que alteraram as condições de acesso do cidadão às tecnologias digitais e, desse modo, constituíram-se nas bases para a ampliação da cultura digital no nosso país. Dentre tais programas podemos citar: Programa Banda Larga na Escola; CDTC – Centro de Difusão de Tecnologia e Conhecimento; Programa Computador Portátil para Professores; Programa e Projeto UCA – Um Computador por Aluno; Programa SERPRO de Inclusão Digital – PSID; Projeto Computadores para Inclusão etc.
O contexto educativo, conforme pesquisa “TIC Educação” do CETIC de 2011, a proporção de professores com acesso à Internet nos domicílios é de 89% e a proporção de alunos que já utilizaram a Internet é de 91%.Esses últimos dados parecem bastante satisfatórios. Contudo, precisamos analisar o quadro de forma mais ampla. Podemos observar, por exemplo, na mesma pesquisa, no critério “D1 - Forma de aprendizado do uso de computador e Internet pelo aluno” que o aprendizado do uso das TIC ocorre predominantemente fora da escola:
  • sozinho: entre 45% e 61% do total de alunos entrevistados;
  • com outras pessoas: entre 27% e 52%;
  • fez um curso específico: entre 7% e 37%;
  • com educador ou professor da escola: entre 6% e 15%;
  • com outros alunos: entre 1% e 8%.
Isso nos traz diversas dúvidas sobre a criticidade da apropriação por parte desses estudantes. Concordamos com BELLONI (2010) que a escola precisa assumir um importante papel na Inclusão Digital:
O papel da escola como dispositivo de inclusão e democratização do saber é extremamente importante, fundamental para a formação de usuários competentes, criativos e críticos (distanciados), capazes de colocar as TICs a serviço da criatividade humana e da solidariedade social. Para isso todavia serão necessários grandes esforços de formação de profissionais, além de formas competentes e eficazes de equipamentos , que façam da escola um espaço de descoberta e formação de crianças e jovens para exercerem sua cidadania e sua criatividade na “sociedade digital.” (BELLONI, 2010, p. 123).
Belloni nos alerta então que a escola precisa recuperar seu papel como espaço legítimo de formação para o uso cidadão das TIC. Realmente as escolas são um espaço especial para inclusão digital, não só pela disponibilização e compartilhamento de recursos que proporciona, mas muito mais pelo poder que tem para influenciar tantas crianças e jovens justamente num momento em que são tão abertos e ávidos por aprender.
Para avançarmos na compreensão do conceito de Inclusão Digital, vamos fazer uma comparação com a alfabetização para a escrita e a leitura. Sabemos muito bem que o que é entendido como ser alfabetizado, muitas vezes é apenas ter atingido a capacidade de ler uma página impressa e de assinar o próprio nome. Sabemos que um cidadão precisa muito mais do que isso. Um cidadão precisa poder decidir sobre o que quer ler e ter acesso aos materiais que lhe interessam; precisa poder escrever com competência sobre o que desejar; e, acima de tudo, precisa, quando julgar necessário, ter assegurado o direito de ser lido.
O que queremos dizer é que a massificação de competências técnicas não é suficiente. É preciso mais. É preciso promover compreensão crítica sobre as tecnologias. Piero Mussio, abordando a questão da alfabetização tecnológica, destaca:
Há dois níveis de compreensão de um instrumento tecnológico. O primeiro é o da compreensão técnica, típico dos especialistas [...] O segundo nível é o da compreensão do uso do instrumento [...] sendo capaz de avaliar, julgar o instrumento proposto não por seus mecanismos internos mas pelas suas funções (globais) externas.” (MUSSIO, 1987, p.16).
Mussio lembra que é preciso fazer crescer a consciência do significado cultural do instrumento de forma a minimizar a “delegação” de poder aos especialistas. Nesse nível de compreensão o usuário passa a naturalmente ser ator do projeto de inserção tecnológica. Acontece que esta atuação para se tornar explícita exige um processo trabalhoso de aprendizado, de compreensão e de adaptação. A questão que Mussio levanta nesta problemática é: como permitir a quem quiser usar convenientemente um artefato tecnológico, informar-se, não para ser civilizado ou alfabetizado apenas, mas para melhorar a si mesmo, ativando funções críticas autônomas de avaliação de tais sistemas, por aquilo que fazem e pelo modo como fazem.” (RAMOS, 1996, p.6)
Em outras palavras, já que as TIC mudam profundamente os meios de produção e de consumo, o que está em jogo é o controle político e social desses meios. É preciso compreender a tecnologia para poder dizer como elas devem ser. Para Illich (1976), dominar uma ferramenta é muito mais do que aprender a usá-la, significa a garantia da possibilidade de se definir conjuntamente o que vamos fazer com elas.
Outro autor que analisa o conceito de Inclusão Digital é Edilson Cazeloto. Esse autor critica a ideia de universalização da cultura de uso das TIC pois nos alerta que incutida nela está muitas vezes o fortalecimento da hegemonia capitalista, que fomenta desigualdades sociais. Os processos de inclusão digital precisam ser realizados levando em consideração tradições, saberes e práticas culturais anteriores:
Nos discursos e práticas de inclusão digital, o acesso às máquinas informáticas é tomado como sinônimo de ascensão social ou de participação sociopolítica efetiva, quando, na verdade, a informatização generalidade do cotidiano (notadamente para as camadas de baixa renda, alvo principal dos programas sociais de inclusão digital) não faz senão o contrário: reforça as estruturas de subordinação e poder da cibercultura e capilariza as redes de produção internacionais até o espaço da vida privada.” (CAZELOTO, 2008, p. 161).
A intenção com o que foi até agora dito é a de sublinhar a necessidade de criar posturas autônomas e críticas de aprendizado sobre a tecnologia. Boff (2005) explicita essa ideia dizendo que precisamos educar os sujeitos para que sejam críticos, criativos e cuidantes. Ser crítico, para ele, é a capacidade de situar cada evento em seu contexto biográfico, social e histórico, desvelando os interesses e as conexões ocultas entre as coisas. É ser capaz de responder: quais tecnologias servem a quem? Já, continua Boff,
[...] somos criativos quando vamos além das fórmulas convencionais e inventamos maneiras surpreendentes de expressar a nós mesmos [...]; quando estabelecemos conexões novas, introduzimos diferenças sutis, identificamos potencialidades da realidade e propomos inovações e alternativas consistentes.” (BOFF, 2005, p. 09).
Enfim, ser criativo significa ser capaz de recriar-se e de recriar o mundo, ou de inventar as tecnologias que queremos. Por último, e mais importante, é preciso ser cuidantes. Ser cuidante é ser capaz de perceber a natureza dos valores em jogo, de estar atentos ao que verdadeiramente interessa, discernindo que impactos nossas ideias e ações têm sobre as outras pessoas, e sobre o planeta. Sem o cuidado e a ética esvaziamos as capacidades críticas e criativas, pois, não nos esqueçamos que vivemos um tempo em que nossas ações estão em vias de inviabilizar a vida no planeta.
No caso do aprendizado sobre a tecnologia, podemos então entender que, além de aprender a usar, é preciso ser capaz de dizer para que usar e para que não usar e, ainda, ser capaz de dizer como deve ser a tecnologia a ser usada. Portanto, defendemos que os educadores e a escola possuem um papel central para esse tipo de formação. Os jovens talvez tenham maior habilidade técnica, mas certamente não possuem a maturidade, experiência e postura crítica dos educadores. Podemos, assim, compreender os enormes benefícios que a atuação colaborativa entre educadores e estudantes potencializa!
Caso contrário, se deixarmos que a cultura técnica se estabeleça a partir dos discursos publicitários predatórios dos meios de comunicação de massa, corremos sérios riscos de que a cultura tecnológica se construa a partir de interesses hegemônicos, capitalistas. Dito de forma simplista, estaríamos fomentando a superioridade do “ter” ao invés do cuidado para com o “ser”.

19 comentários:

  1. As tecnologias estão ai, não temos como nos esquivar, precisamos encontrar uma forma didática de incorporar nas escolas. Não basta ter, tem que saber usar.

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  2. A tecnologia realmente é muito importante , nos ajuda a criar e recriar .

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  3. Concordo com Belloni, que a escola precisa assumir o papel de inclusão digital, mas com base em sua reflexão e com base nos acontecimentos atuais, como os "rolezinhos", entendo que a inclusão já existe o que está faltando é o dominio dessa ferramenta pelos professores.

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  4. Lembrou meus tempos de Unb, quando fazia as disciplinas da Faculdade de Educação. O desafio é enorme, e enquanto não entendermos nosso palpel politico continuaremos às margens do sistema e como professores continaremos replicando nossa condição.

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  5. Nos dias atuais a tecnologia deve fazer parte do planejamento educacional, uma vez que uma grande maioria dos alunos em todo território Brasileiro tem acesso as tecnologias que não fica restrita apenas a informática. Outras ferramentas tecnológicas como o Data show , áudio e vídeos também deve estar presente neste conceito. A tecnologia deve ser usada como uma ferramenta para complementar o Material Didático, e tornar as aulas menos mecânicas e prazerosas para os alunos ampliando os conhecimentos dos alunos e melhorando ai as relações em sala de aula.

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  6. A tecnologia é uma ferramenta valiosa nas mãos dos educadores, pois com essa "febre" das redes sociais e do uso da internet pelos jovens, pode ser usada a favor para uma educação de qualidade.

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  7. É interessante como o novo traz angústia a quem quer que seja. A visão inicial de que os professores poderiam ser substituídos pelos computadores dá essa dimensão, da qual, particularmente, eu nunca acreditei que fosse acontecer. Paralelamente a isto, alguns ainda resistem a utilizar as TIC como ferramentas de trabalho. Não sabem o quanto o acesso as mais variadas ferramentas pedagógicas, inclusive os computadores podem agregar ao processo educativo como um todo, em qualquer área do conhecimento. Sou completamente a favor do uso dessas ferramentas e inclusive as utilizo em meu dia-a-dia como professor.

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  8. A escola atual vive um grande desafio, inserir-se e inserir seu aluno no mundo digital, sem se tornar desinteressante diante da imensidão deste mundo. Ao mesmo tempo em que as TIC possibilitaram que qualquer cidadão rompa barreiras físicas e intelectuais, o sistema capitalista voraz, temendo que tal liberdade pudesse libertar o pensamento crítico do cidadão e seu poder de reação, apoderou-se de tais meios, estimulando o consumo e restringindo o pensamento do cidadão e consequentemente do aluno ao acesso principalmente de cultura inútil, como redes sociais. Neste prisma o cidadão se torna tão ignorante como era antes do computador, já que se torna facilmente manipulável pois apesar de passar horas on line, não adquire conhecimentos que o torne um cidadão melhor. O papel da escola é conseguir de maneira interessante e criativa para o aluno libertar-se destas amarras mentais. Que se apodere de culturas que o capacite a enfrentar as constantes mudanças e exigências do mundo tecnológico, podendo se inserir com competência no mercado de trabalho.

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  9. O texto nos leva a uma importante reflexão, as TICS estão aí ,ao meu ver a inclusão já existe. O que deve ser pensado como bem trata o autor, é a intencionalidade.

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  10. O texto e o vídeo são interessantes e úteis, pois contribuíram significativamente ao modo de olhar tecnologia na escola e fora da escola também na vida dos estudantes. É de grande valia essas informações para o esclarecimento dos benefícios das tecnologias em todas as áreas da vida e com certeza um grande marco na evolução dos tempos.

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  11. Quando nos deparamos com abordagens sobre novas tecnologias e a sua utilização pelas pessoas em geral, nos vem sempre a mente o que foi comentado no texto acima o medo, a necessidade de preparo por parte dos professores e também sobre a postura que deve ser dotada pelo professor de direcionar e tornar o seu aluno um ser reflexivo daquilo que ele usa e explora na internet e nos vários meios de informação utilizados.
    Não podemos deixar de refletir que para que se possa alcançar o objetivo de tornar nossos alunos seres pensantes, atuantes e principalmente participativos na sociedades nós precisamos primeiramente transformar as nossas considerações a respeito do uso e da utilidade das novas tecnologias, sem excluí-las e sem rejeitá-las em nosso trabalho diário e sim utilizá-las com consciência e domínio.

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  12. O texto é excelente. Além de informativo é reflexivo. No entanto, encontrei dificuldade para realizar a leitura, devido o tamanho da fonte. Não há o recurso para aumentar o tamanho da letra. As tecnologias estão aí e a cada dia ampliam-se e transformam mundos e visões. Mas a escola ainda está distante desta realidade tão dinâmica. Os professores ainda tratam o computador como o bicho-papão. Tem medo do novo. Como o texto diz: "se queremos uma tecnodemocracia vamos precisar formar os sujeitos para isso. Precisamos pensar em alfabetização tecnológica para todos, pois quem não compreende a tecnologia não vai poder opinar sobre o que fazer com ela. Mas a alfabetização tecnológica é apenas o segundo passo (o primeiro é o acesso). A inclusão digital pra valer significa mais do que simplesmente ter acesso e saber usar. Inclusão Digital!" É necessário oferecer oportunidades aos professores. A Formação é o primeiro passo para o acesso e inclusão. Estrutura e condições também. Fazer cursos técnicos e especializados exige recursos financeiros, o que certamente dificulta e até impede a qualificação dos professores em geral. Adorei o vídeo. Texto e vídeo geraram em mim a vontade de conhecer mais, talvez até me especializar na área. Vamos em frente!

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  13. Os professores muitas vezes tem um certo receio de usar essas novas tecnologias por não ter domínio. Sabemos que tanto os alunos quanto os professores tem acesso a tecnologia, mas isso deve ser usado como um aliado visando a aprendizagem dos alunos.

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  14. O txt revela como a Educação está correndo atras dos movimentos sociais...

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  15. A tecnologia já é bastante utilizada mas precisa ser melhor aplicada.As TICS podem nos levar a uma educação de qualidade.

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  16. Este texto é muito interessante porque nos permite refletir que a tecnologia digital vem agregar valor à educação e incrementar o trabalho do professor. Esta linguagem encanta os jovens, portanto facilita a aprendizagem. Reflete a necessidade de que ocorra mais consciência e reflexão em relação ao valor da solidariedade em busca do bem comum. Possibilita maior contato com atitudes e tecnologias que favoreçam cuidar melhor do nosso planeta.
    O filme mostra que a educação dará um salto quando todos tiverem acesso e alfabetização tecnológica.

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  17. O texto apresenta a inserção das TICs na educação. E nos convida a fazer uma reflexão de como estas tecnologias podem ser utilizadas para favorecer a aprendizagem do aluno, não apenas como um passaporte para o mundo do trabalho,mas de forma emancipadora.

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  18. É importante também a utilização dos meios tecnológicos de forma que o usuário tenha conhecimento necessário das limitações, para que não ocorra os abusos.

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